domingo, 21 de março de 2010

Início

Resolvi há poucos instantes, renovar quase tudo na minha vida, me abrir a novas pessoas, totalmente nova, começar quase tudo do início, sabe? já estava tudo tão desgastado. Claro que as pessoas que realmente estão comigo continuam estando da mesma forma, mas haverá atualização em muita coisa. Tudo aquilo que não presta, não serve de nada, não interessa, de fato será cortado.
è com muita dor no coração que penso isso sobre algumas pessoas, mas um mal de fato necessário.
E algumas coisas ainda, do passado, resolvi trazer à tona.
Espero que não seja em vão, e não será.
Estou realmente um pouco cansado de tudo.

ser humano.

Essas pessoas, as pessoas, que me deixam sempre pra baixo, com asco, com nojo, as pessoas...As pessoas com seus preconceitos medíocres, bobos, infantis, não percebem nem sentem vergonha nenhuma do que fazem, são babacas, são escrotas, baixas.
Perdão por essas, por esses que não enxergam, não vêem um palmo a sua frente, coitadas dessas...
Me passa uma dó imensa, uma raiva profunda, dessas pessoas.

sexta-feira, 19 de março de 2010

E você pensa em esquecer e mais ainda ser esquecido, quando vê já esqueceu. Tudo.

segunda-feira, 15 de março de 2010

A praia

Como acontecem as coisas.
Tudo parece fora de eixo, e geralmente está. No entanto, alguns momentos, algumas noites parece que a coisa muda. Uma companhia diferente, uma conversa diferente, talvez alguém interessante, que não seja vazio, que não seja chato, tenha prosa pra tudo. Talvez. Talvez veja o mundo de forma diferente, talvez encante. Talvez não seja nada disso e isso é tudo efeito da bebida. Mas o que realmente importa é que agora é legal.
Esse tipo de situação, que as vezes dura umas duas horas, ou menos, de repente anula todo um passado, faz com que aquilo que no passado foi ruim, seja esquecido, seja apagado e leve a pensar que muita coisa não valeu a pena. Espero que essas atitudes sejam eficazes. Espero não morrer na praia.
Mas se de repente morrer, valeu a pena.

domingo, 14 de março de 2010

Matta-Clark

Vale a pena ir até o MAM num domingo que é de graça, só pra ver a exposição do Matta-Clark, um expoente da arte contemporânea. Ainda mais pra quem gosta de arquitetura. Ao fazer cortes em imóveis antigos de dimensões gigantes, Matta-Clark abre um debate interessante da valorização do patrimônio cultural do qual transpira a arquitetura e relaciona com a expansão da arquitetura moderna. Fora isso outras idéias interessantes como o restaurante Food que criou junto de mais uns artistas, onde se concentravam artistas, poetas, escritores, músicos, e dava ainda oportunidade de os artistas terem um emprego temporário no restaurante para financiar seus projetos. Fora isso, muitas coisas mais.
Vale muito a pena...é de graça.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Sexta

Sexta-feira, mais um dia daqueles em que possivelmene me entegarei a noite. Vezes parcial, vezes integralmente. O que isso me rende? Em que isso marca? Provavelmente em quase nada, mas é interessante pensar em como seria a vida sem essa macaquisses... Talvez fosse chata, pacata, um mundo onde uma pessoa que trabalha durante a tarde e estuda a noite fizesse de sua sexta e todo o fim de semana uma extensão do trabalho e de uma tentativa de entrar em uma faculdade excelente...que lixo, isso não é pra mim, não que não pense durantante o fim de semana por algum instante no que acontecerá segunda quando minha supervisora ver que a tarefa está atrasada ou que não pegue um desses livros pra dar uma olhada no sábado u no domingo a tarde.
É, hoje é dia. dia de entrega, quem sabe achar uma nova amada, ou apenas uma noite?
O dia está com uma cara chata, mas talvez seja porque estou no escritório, e, em geral escritórios são chatos, o mesmo formato, as mesmas pessoas, e ainda bem, ainda não bloquearam os blogs na rede. Hoje saio uma hora mais cedo. Hoje é dia.
Sabe, mudando um pouco de assunto...
Tenho ficado cada vez mais exigente com o que escrevo aqui, um blog pra mim mesmo, e as vezes abro isso e penso ``que grande cagada, só escrevo merda, nunca seria a porra de um escritor.´´Mas volto para meu sonho arquitetônico e penso, foda-se.
De qualquer forma tem sido interessante registrar aqui algumas ideias, ao contrário do que eu fazia antes, tomava um porre, ligava o computador e soltava tudo, ainda bêbado, era legal, parecia uma viagem, mas isso passou, agora prefiro ficar resmungando da vida aqui, porque assim não o faço tanto com as outras pessoas, com essas eu vou pro bar.

terça-feira, 9 de março de 2010

Merda

Um blog é realmente uma merda, não faz sentido algum, é como o Twitter, uma grande idiotice, aliás quase tudo que fazemos é uma grande idiotice. A nossa vida, se analisarmos, a forma como nos comportamos, como nada faz sentido, como tudo é uma grande coincidência, é tudo isso uma grande confusão.
Por que ficar jogando conversa fora? Por que ficar fingindo que é legal? Por que ficar na frente do espelho tentando melhorar o visual? Nada, nada faz sentido. Mas isso ao menos maquia a desgraça, o caos, essa merda toda.
Toda nossa sociedade estereotipada, todos nossos costumes ridículos e narcizistas, toda essa bosta não vale nada. Alguma coisa vale? Vale, sim, existem até algumas coisas que não são ridículas. O que é real, o que não é palpável. Talvez, talvez isso valha, ou de repente é só uma grande mentira que contamos pra nós mesmos e conseguimos acreditar e talvez seja legal.
Talvez seja legal pra esse velho de 90 anos numa carcaça de 19.

Trabalha

Estou sentado diante de uma tela escrevendo não sei pra quem após tirar um longo cochilo na mesa de trabalho. As horas passam, minha pilha de tarefas cresce, meu saco fica cada vez mais cheio. Hoje ainda tomei uma atitude que não tomava há algum tempo, voltei a desenhar. E é sobre isso que quero falar agora.
Sabe quando eu desenho eu tracejo diversas vezes, rascunho, não apago, deixo traço sobre traço. Quando comecei a fazer comunicação visual a professora de expressão me dizia, ``Olha, você tem que mudar esse traço, fazer uma linha contínua´´, e eu insistia e insisto até hoje, eu gosto é de fazer assim, deixa num ar mais de desenho, não estou fazendo um cartaz publicitário ou um cartão de visitas, apenas um desenho, e hoje ainda, o desenho de uma mulher. Como quem me conhece sabe, eu sempre gostei de desenhar mulheres. As vezes numa proporção fora do que se têm por estética, mas e daí? Por que usar tanta simetria? nada na natureza é simétrico, nada. Volto ao meu método, risco, rabisco, tracejo, rascunho, e vai tomando forma, a cabeça é a última parte, nesse caso, nem teve cabeça, o corpo já bastou, a composição estava interessante. Não sei porque, começo sempre pelos seios. De qualquer forma, vou ver se consigo trabalhar.

domingo, 7 de março de 2010

Hoje

Ultimamente eu tenho visto muita coisa nova, muita coisa nova mesmo. Ao mesmo tempo eu veja algumas coisas se repetindo, isso em geral é péssimo, mas as vezes vale arriscar.
O risco é medonho, chega a ser ridículo em alguns casos, ninguém gosta, ninguém quer se arriscar.
Agora veja, entenda, Moacir, Carlos Moacir Vedovato Junior, medo de cachorro, medo de mendigos, medo de quase tudo que se possa pensar em ter medo, ainda assim prefere arriscar, prefere tentar bater a cara no muro de novo, mesmo sabendo que isso é bobo, mesmo sabendo que isso pode acabar com ele, mas mesmo assim continua tentando.
O medo, a prisão, os traumas, na minha infeliz ou feliz ignorância estão todos ligados a prisões, prisões essas que muitas vezes não se pode fugir, é isso, você está preso.
Talvez tenha pegado perpétua, talvez condenado a morte, mas não, não, não, não vale a pena a pena ficar, chorando resmungando até quando? Não, não, não, não mesmo.
Porque estamos vivos e isso por mais que pareça infantil, hoje, hoje me basta. Talvez pra outros não, e é bem provável.
Relacionamentos, o que são?
Alguém defina, alguns ainda virão com resoluções prontas e fechadas às quais ninguém pode acrescentar uma vírgula, que merda....O mundo é muito mais que um verbete, o mundo é muito mais do que se pensa...por mais que eu pense ser extremamente chata essa música, ainda recorro a ela numa frase:
`` ...qualquer canto é maior do que a vida de qualquer pessoa.´´

Sem mais.
Moa.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Onde está?

Sem amigos verdadeiros, sem família verdadeira, a única coisa que tinha eram colegas pra fechar a mesa e outras coisas também. Bebia e fumava em excesso, as vezes trocava o copo por poeira branca que a deixava ainda mais distante do que nem se imaginava.
Essa é a história de Anita, a menina que não entendeu seu amor.
Nunca foi lá grande filha, e mesmo que fosse sua casa não transbordava de carinho. Nunca teve um namorado que lhe mostrasse algo interessante, alguém que a dissesse Estou com saudade. Anita desde sempre foi acostumada a viver desse jeito, de seu próprio jeito, pois se não tinha um mundo se via obrigada a criar o seu próprio. O máximo que conhecia era um pessoal estranho que sempre tinha pó. As duas únicas pessoas que se aproximavam daquilo que se pode chamar amigo, eram Andrew, um menino que mais andava com ela para satisfazer suas vontades sexuais e Louise, uma prostituta do bairro por onde vivia.
Anita gostava de fazer misturas e sempre chegava a um estado que ninguém podia ou queria ajudar. Andrew não era um cara do tipo interessante e quase sempre se envolvia em brigas de rua, principalmente quando levava a garota até seu quarto numa pensão perto de onde Anita vivia, por lá sempre ficavam num bar na esquina e na grande maioria das vezes, não tinham dinheiro pra pagar a conta. Louise também andava sempre encrencada, clientes devedores e que a espancavam não faltavam, era além de tudo, uma pessoa vazia, mas mesmo assim Anita sentia alguma coisa que fazia com que não a abandonasse.
Talvez tivessem algo em comum.
E tinham, a cama de Andrew, que além das duas vivia cheia de garotas do bairro.
Eram só eles, entre todos que viviam por ali, frequentavam o quarto de Andrew e os dotes de Louise que se conversavam.
No fim, nada além do que se possa imaginar, Andrew morreu de overdose, Louise de AIDs e Anita, dessa nunca mais se ouviu falar, alguns dizem que anda pelas suas do bairro mendigando, outros ainda dizem que morreu, outros dizem que simplesmente foi para um sanatório público.
O fato é que apesar de toda a situação, mesmo Anita, que não tinha nada na vida, conheceu o amor, mesmo que fugaz.