quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Não quis

Que foi que falei
Pra te magoar?
Não quis te deixar
Sozinha não.

E quando eu parar
Pra tentar entender
Vou me lembrar
Que perdão não existe

Eaí só olhando
No meu olhar
Vão entender
Que não é bem assim
Nem tudo é lindo
E talvez a sexta-feira
Já não tenha mais sentido.

AS VANGUARDAS ARTÍSTICAS DO INÍCIO DO SÉCULO XX PARTE 1

A grande maioria das pessoas quando ouve falar em nomes como Picasso e outros contemporâneos a esses, costuma expressar admiração pelos nomes e suas obras, ou então simplesmente dizer ``qualquer criança faz isso´´. Qual será a importância cultural de uma série de quadros com signos desfigurados, tortos com relação ao padrão estético comum? Por que será que esses artistas modernos são tão valorizados em leilões, mesmo sendo donos de obras entre as mais prolíferas da história da arte?
Puxando para o espanhol nascido em Málaga, é um fato que Pablo desde jovem já conseguia desenhar num nível de perfeição semelhante aos renascentistas. Por que então Picasso abandonaria aquilo que era estipulado por uma determinada massa como um artista perfeito para se dar aos rabiscos? Picasso certa vez foi visitar uma exposição de Cezanne, que participara do grupo dos impressionistas e era tido como um dos líderes e teóricos, e de certa forma responsável por trazer de volta, a linha para a pintura. No entanto reza a lenda que Paul Cezanne não era lá grande pintor, grande técnico, estava no grupo talvez mais por ter dinheiro ao contrário da maioria dos outros. No entanto se olharmos para uma natureza morta de Cezanne, para uma maçã de um de seus quadros podemos perceber nitidamente a representação de diversos ângulos do objeto num só. Picasso ficou maravilhado com isso e decidiu dentro de seu mundo superá-lo, junto dele estava Georges Braque, os dois ainda pobres reuniram-se num atelier e cercaram-se de imagens que lembravam Cezanne. Alguns dizem até que quem entrasse no atelier de Picasso no início de sua carreira pensaria estar no de Cezanne. Trabalhou, trabalhou e estudou a pintura de Paul, e somado a isso, a publicação da Teoria da Relatividade. Desse momento em diante a história da arte muda por completo.
O campo da obra torna-se relativo, fora isso outros fatores já explorados pelos impressionistas como a fotografia. Por que representar aquilo que existe fisicamente, se temos a fotografia, por que não envolver outros fatores psicológicos na arte? Picasso e Braque com o cubismo chocam a sociedade fruidora. Pode-se perceber ou melhor não se pode perceber quase nada em sua fase analítica. Isso provocou polêmica entre os críticos ao ponto de certa vez, na apresentação de uma obra envolvendo a figura de uma cadeira, na fase analítica, alguém dizer a Picasso que aquilo não se tratava de uma cadeira...o mesmo pegou o acento real de uma cadeira e grudou sobre a obra, dzendo, ``Aqui está sua cadeira´´. Sempre usando um tom de ironia e mais ainda de boemia. Daí pra frente podemos apreciar a fase sintética que envolve colagens e outros materiais fora a tinta. São também desse momento tiradas certas bases para o que no futuro chamaríamos de assemblage.
Ou seja, existe muito mais do que pinturas belas e agradáveis na pintura de Picasso, existe todo um conceito (diferente do conceitual contemporâneo) para a situação, é necessário pesquisar muito antes de dizer, Picasso só fazia rabiscos, nada mais que uma criança.


``Quando jovem eu desenhava melhor do que Rafael e demorei a vida toda para aprender a desenhar como uma criança´´
Pablo Picasso

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A INFELIZ.

Ficava surpreso em ver como a infelicidade de uma pessoa em seu relacionamento podia refletir em todos ao seu redor, além de nada bem sucedida vivia vagando por aí, sem um pingo de amor acabando com tudo que via, e suas curvas sinuosas facilitavam tudo, era uma espécie de Geni, topava com tudo e todos.
Na minha opinião se relacionamento era fruto de traumas do passado. Até um dia conhecer Johny, ele era alto e procurava alguém pra amar, no começo ela resistiu, fazia o tipo sem frescura e sem amor, mas as coisas foram acontecendo e Johny já estava completamente louco por ela. Acontece que no fim ela percebeu que Johny era a pessoa que faltava na vida dela, e com mais tempo ainda ficou louca por ele também. Mas Johny era uma pessoa séria, era mais velho, queria algo sério, e ela apesar de gostar dele não conseguia largar algumas atitudes em relação aos outros.
Passaram um ano, os dois se gostando e mesmo assim em função da divergência de opiniões em relação a como agir, como ficar juntos, as brigas começaram a surgir e aumentavam a cada dia. Johny já desconfiava de cada passo, era impossível não fazer mesmo amando-a, parecia que ela dava dicas do que ia fazer.
Um dia Johny se cansou, já estava se cansando havia muito tempo e encontrou uma outra pessoa com a qual fez amizade. Essa tinha a mesma idade, os mesmos interesses, divergiam em algumas coisas, mas acima de tudo se respeitavam e se amavam. Johnyy amou essa, talvez não tanto como a primeira, mas pelo menos se sentia melhor com a segunda. E assim seu primeiro amor viveu o resto de seus dias sem encontrar ninguém que lhe desse tanto valor, sozinha, sem nenhum amor. Continuava com suas atitudes, e por sua carência agora ainda maior, elas aumentavam. E pode-se dizer que nunca mais foi realmente feliz.


*Isso tudo é pura ficção.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

E SE ELA...

Se ela disser que vai, que vai ficar longe, por um tempo, ou mesmo uma noite...que precisa de um momento, pra pensar e escolher, pra conseguir se entender... eu vou deixar....
Porque eu sei que um dia, a qualquer instante, ela vai voltar correndo, me pedindo mais um tempo, pra poder assim me amar.
Mas aí, pode ser que seja tarde e que os instantes perdidos não voltem...mesmo que queiram, porque não podem. Já haveria outra em seu lugar.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

O homem enquanto parte de uma obra aberta.

As pessoas perdem a noção da força que cada gesto, cada palavra, pode provocar em situações que podem atingir largas escalas. Situações pequenas, até bestas, que o grupo em geral não valoriza, não se atenta. Mas o efeito vai tomando forma e do micro atinge o macro, que se processa. Que se vai...e leva junto. Leva todo o atingido e seu entorno pelas consequências já causadas nas mínimas atitudes. As vezes isso é bom...e gera um conforto extasiante. Em outros casos no entanto, provoca situações constrangedoras das quais ninguém quer ser sujeito.

Analisando as pessoas em meu entorno que praticam no cotidiano essa falta de atenção e lançando uma analogia como uma abertura de interpretações de cada gesto ou do próprio fato de serem assim, percebo que na maioria das vezes essas situações passam desapercebidas, sem compreensão dos conceitos que podem ser gerados nos fruidores. Isso quem percebe, quem entende, são aquelas pessoas que em geral conseguem ver além de um gesto. Essas mesmas pessoas que em geral interpretam tudo, ou quase tudo...de forma errada.